Falava de amor mesmo quando estudava seriamente para o artigo da universidade, mesmo quando brigava com o filho para que enchesse as garrafas de água e não colecionasse copos sujos na pia. Falava de amor quando explicava sobra Antígona, Freud e Clarice. Era de amor que falava quando uma flor azul brotou na sua pele, eu vi.
Falava de amor quando um filho chutou dentro sua barriga. Falava de amor quando destacava nas páginas de Simone Beauvoir símbolos de liberdade. Falava de amor quando brotou um girassol diante de seus olhos e uma mulher roubou seu coração.
Falava de amor quando os olhos choravam a violência dos relógios e da loucura de um coração. Falava de amor quando reconhecia humanamente o outro mesmo diante da quantificação que sua lida imperava.
Falava de amor,
Continua...
parece que mesmo entre gritos, medos e sombras, AINDA falamos de amor...
ResponderExcluirGosto sempre das suas letras, Adilma. Repito.