Às vezes você volta.
Nas sombras do inverno, na neblina que encobre as árvores e nos cantos longínquos dos pássaros de mau agouro.
Às vezes você vem.
Aos chumaços, sem percalços, inteiro de novo e pronto pra mim.
Às vezes você se faz sentir.
Na ausência à mesa, no silêncio da casa e na chaleira que chia sozinha.
Às vezes você me chama.
No voo interrompido de uma mosca à vidraça, no papel das balas que açucararam na gaveta e nas notas musicais do disco que não toco mais.
Às vezes...
Às vezes você me olha.
No reflexo. Sempre no reflexo. Você me olha e segue adiante, ainda incapaz de me ver.
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