Ela arrasta meu coração por ladeiras de cidades antigas, oferece às rainhas do mar preces em nosso nome, ela come um mistério por dia. Quantas páginas escritas separando a intimidade de nosso corpo. O tempo é curto para tanto espaço alargado pelas suas mãos. Ela vai fazer enchente de tanto me trazer mar.
A força dos meus pulsos atada à vontade de levá-la para ver o abandono de uma palmeira na areia da praia, ou um sol se escondendo as serras de Jacobina, no sertão. Eu queria fugir e deitar meu sonho no dela,mesmo que seja careta e contrário à marcha do mundo. Meu delírio entre suas pernas significa uma linguagem de calor,um viço de meia noite em plena tarde clara, um dengo amolecendo o encontro dos nossos mistérios por trás da pele, por trás dos cílios,dos seios,das ancas, da língua, por trás do toque que erradia a luz é tudo mistério.
O encontro é perfume e cio espalhados no lençol, nos cabelos, escorrendo suor de flor serenando. Luzes embaixo da pele, faiscando nos olhos, nos dentes. Toda a carne ofertada a nossa fome. Nós colhemos palavras vermelhas, maduras, suadas, matizadas de cores quentes. Passamos, brilhantes, pela guerra ofertando flores.
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