Grito acentos.
Perpetuo pontos. Gozo exclamadas interrogações que quase nunca sei - seria vermelha a dúvida que sangra?
Compulsivamente, minha
pele queima a fala, a febre, os poros empoeirados que este dia tentou
de todas as formas anular. Ilusório. É meu ofício escrever, mesmo que
seja quase dezembro.
Danço na reticência
da dúvida que não descansa. Quando acabam os significados, a pausa
renova o verbo e os versos, as histórias e as verdades. Recomeço,
mesmo que seja amanhã, dezembro - um receio vermelho começou a invadir a cidade.
[Objeções.
Pluralidades.
PALAVRA É ATO.
ESCREVER É ABRIGO.
HABITO (hábito).]
Deito a cabeça no
travesseiro. Fecho os olhos e acendo intenções. Estamos
todos repletos delas, mesmo que tenham um alto preço, senhorita doutora. Dezembro nos esmagará.
Já decoramos a
casa, a fala, o rascunho e a pretensão. Amanheço escarrando acentos que não engoli de
algumas frases que piscaram na sua árvore de natal. Falo e escuto o eco da
minha própria palavra no parapeito da minha língua que pergunta - uma intenção vermelha começou a invadir nossos olhos. Dezembro me espera.
[não hospeda.]
Simone, sua força em vermelho deixa meu olhar vagando significações que suas letras anunciam nesses faróis/letras de VERMELHO. Gosto um tanto, um muito. Um xero.
ResponderExcluirTudo com sabor de reticências - essa pontuação que nos leva direto para o dia seguinte, mas não deixa com um passo pelo caminho. Pode ser que o amanhã não aconteça.
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